A manhã do primeiro dia começou com a palestra internacional “Como fazer RELGOV: de um mundo VUCA (siga em inglês que significa Volatile, Uncertain, Complex and Ambiguous – volátil, incerto, complexo e ambíguo) para um mundo BANI (sigla em inglês que significa Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible – frágil, ansioso, não-linear e incompreensível), da CEO da DevryBV Sustainable Strategies, Devry Boughner Vorwerk. Ela destacou a dificuldade da profissão de Relgov em um mundo em constante mudança e citou como exemplos a pandemia global e a guerra na Ucrânia.
“Por isso digo que vivemos em um mundo frágil, cujo equilíbrio pode acabar de uma hora para a outra. Quando comecei a atuar o mundo estava em pleno processo de integração. Tudo mudou nos últimos dois meses. As relações entre os países não serão mais baseadas no comércio, mas na identificação ideológica entre eles. Haverá procura por fornecedores entre os países amigos e a regionalização das cadeias de produção”.
Devry Vorwerk deixou claro que todas essas mudanças passarão pela área de relações governamentais. Segundo ela, empresas e profissionais precisam entender melhor as necessidades regionais, até porque uma empresa não se torna global se não se integrar ao local. “O desafio é analisar o global, mas priorizar o local. E levar em consideração todos os envolvidos na cadeia. Os setores, como o de alimentação, por exemplo, não solucionam mais seus problemas de forma isolada. É preciso envolver todo tipo de fornecedores – de tecnologia, transportes, telecomunicações. E garantir que os humanos e o planeta estejam no centro do debate”, afirmou.